As tias de Proust: pulsações micropolíticas do campo transcendental
Abah Andrade
Esse trabalho inaugura um estilo de fazer filosofia.
Olgária Matos
Não se espere desse estudo um trabalho de historiador. Seu autor é filósofo.
Michel Zaidan
Neste livro há duas tendências que se retorcem sobre si mesmas e na tensão que geram uma com a outra também se potencializam. Há uma linha de rotura, de cisão, de disrupção, e, por que não o dizer?, de rebeldia. Mas há também a tendência que busca traçar semelhanças, que alinhava, que reata vínculos os mais diversos, entre autores que a gente não esperava, mas também com a tradição. E que também inventa ou descobre semelhanças entre objetos os mais inauditos. É por encontrar no livro esse amálgama manifesto justamente no estilo, que devemos ressaltar que não se trata de um estilo qualquer, mas um estilo que busca construir um discurso filosófico, um discurso filosófico próprio. E essa “propriedade” não se dá por uma posse, mas pelo usufruto da tradição e doa autores aqui estudados. É um livro legível de filosofia. E isso não é pouco. Esquizofrenia regulada. Campo transcendental. Processo de montagem de um cânone. O desejo de se ter uma filosofia brasileira e pessoal. Desse trabalho pode-se dizer que é uma busca de uma experiência arretada.
Bruno Carvalho