Discurso midiático: poder, violência e cultura
Gilson Pôrto Jr.;
Ana Carolina Costa dos Anjos (Orgs.)
Entender que a narrativa midiática é uma construção social e, que ao mesmo tempo, é um elemento que constrói a realidade, para assim, problematizar a práxis da profissão e seu modus operandi em transformação é o tema transversal dos artigos aqui reunidos. É esse pensar transversalmente que durante o processo de formação foi promovido. Um pensar que supera a compartimentalização dos saberes, permitindo o diálogo e o ‘pensar sobre o pensar’. É claro que superar a linearidade do pensamento não é simples. Esquemas hierárquicos devem ser superados, mas cada um dos autores buscou aprender e apreender esse processo, buscando a articulação entre os diversos elementos que compõem a profissão. Nesse sentido, dividimos essa coletânea em duas partes: a primeira, intitulada Jornalismo como um campus de Poder e Cultura . Os capítulos abordam desde os novos contextos interativos, a partir do uso de tecnologias vividos por populações tradicionais, à construção social de identidade cultural, em nível de Estado, no caso, o Tocantins tendo o discurso midiático como constructo social. E também as relações de poder da mídia e sua lógica de mercado e como essa característica influencia no processo de construção da notícia, os quais podem ser tanto explícitos como os contratos publicitários e empregatícios ou simbólicos, além disso, apresenta como a mídia influencia no processo político. Na segunda parte, intitulada Mídia e a Violência, traz discussões que não escapam a mídia, sobretudo ao discurso midiático pautado na espetacularização e dramatização da vida cotidiana e, assim, discute a violência no plural. Isto é, tanto a violência em sua versão midiática e televisionada, trazendo inclusive a violência de gênero, como também a sofrida por jornalistas, no exercício da profissão.
ISBN: 978-85-5696-047-4
Nº de pág.: 199