Entre o absurdo e a revolta: por uma proposta filosófica para o ensino de filosofia pensada a partir de Albert Camus
Danilo Rodrigues Pimenta
Nossa abordagem almeja pensar filosoficamente questões educacionais, mais precisamente, questões relacionadas ao ensino de filosofia na academia brasileira, a partir da filosofia da existência camusiana. Ao trabalhar com Camus, não pretendemos fazer uma leitura apologética nem uma crítica apressada ao autor de O mito de Sísifo. Nosso objetivo é refletir sobre como, a partir da fratura que há entre o homem e o mundo, é possível pensar um ensino de filosofia que não frature também sua relação com o ato de filosofar. Nossa pretensão é elaborar uma proposta relacionada diretamente com a experiência de vida, estabelecendo, assim, limites e possibilidades de pensar o ensino de filosofia no cenário universitário brasileiro, a partir dos conceitos camusianos. Nossa análise da obra camusiana será centrada no ciclo do absurdo e da revolta, nos ocupando, sobretudo, de O mito de Sísifo e O homem revoltado – obras em que Camus desenvolveu seus principais conceitos, a saber, absurdo e revolta, assim como sua crítica ao suicídio e ao assassinato. Não é nossa pretensão fazer de Albert Camus um teórico da educação, tampouco apresentar uma proposta camusiana para o ensino de filosofia. O que pretendemos é, a partir do alargamento de alguns de seus conceitos, pensar uma proposta para o ensino de filosofia.
Nº de pág.: 171
ISBN: 978-65-5917-298-6
DOI: 10.22350/9786559172986