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Machado de Assis

José Raimundo Maia Neto

Como citar este verbete:

MAIA NETO, José Raimundo, “Machado de Assis” (última versão de setembro de 2022), Enciclopédia da Filosofia Brasileira, editada pelo Grupo de Trabalho em Pensamento Filosófico Brasileiro. Disponível em https://www.editorafi.org/enciclopedia-da-filosofia-brasileira-DOI: https://dx.doi.org/10.22350/2023efb

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Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) foi um dos maiores escritores em língua portuguesa. Fez crítica literária, foi cronista, poeta, dramaturgo e, principalmente, contista e romancista. Seus principais romances e contos estão traduzidos para o inglês, francês, espanhol, alemão, italiano e outras 14 línguas . A quarta tradução para o inglês das Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicada recentemente pela Penguin Classics, esgotou nos Estados Unidos no dia do lançamento . Não tendo escrito obra filosófica, a relevância de Machado neste campo encontra-se na sua ficção que, ao invés de ilustrar doutrinas filosóficas, deve ser considerada como o solo de perspectivas filosóficas — ou de relevância filosófica — determinadas ou associadas à estrutura formal dos contos e romances e veiculadas por personagens e narradores. O respeito à autonomia literária ficcional não impede, entretanto, a indicação de paralelos entre a dimensão filosófica presente nos contos e romances e o contexto filosófico brasileiro da época. Esta é a abordagem deste verbete que examina diacronicamente a produção literária ficcional de Machado, assina-lando os desdobramentos e inflexões desta dimensão filosófica no contexto do ecletismo espiritualista de Gonçalves de Magalhães (década de 1860) e, a partir da década de 1870, das “novas ideias” cientificistas, evolucionistas e irreligio-sas difundidas principalmente pelos positivistas, por...

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