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Oswald de Andrade como filósofo: ontologia ou odontologia

Rodrigo Duarte

Como citar este verbete:

DUARTE, Rodrigo, (…) (última versão de janeiro de 2024), Enciclopédia da Filosofia Brasileira, editada pelo Grupo de Trabalho em Pensamento Filosófico Brasileiro. Disponível em <https://www.editorafi.org/enciclopedia-da-filosofia-brasileira> DOI https://dx.doi.org/10.22350/2023efb

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O rescaldo da Semana de Arte Moderna de 1922, na qual participaram dezenas de escritores, artistas plásticos e músicos, gerou o protagonismo de dois intelectuais de primeira linha que passaram à posteridade como emblemas do modernismo brasileiro nos seus tempos heroicos: Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Muito se falou sobre o fato de os dois amigos daquela época serem perfeitos antípodas em quase tudo (cf. Jardim, 2016, p. 73s), sendo aquele mais erudito e analítico, esse último mais mundano e intuitivo. Nos cem anos que nos separam da Semana de 22, em que pese certo grau de institucionalidade que aderiu a todos os seus idealizadores e realizadores, certa-mente, tem havido certa hierarquia na avaliação do legado literário e crítico dos dois Andrades, tendo sido Mário elevado ao grau de celebridade máxima de um modernismo mais equilibrado e sóbrio e Oswald tendencialmente relegado a um papel secundário de enfant terrible, iconoclasta, considerado por alguns como tendo sido autor de uma produção mais datada e talvez menos importante.
Mas isso apenas em termos compara-tivos, pois Oswald de Andrade tem sido, ao longo de décadas, às vezes eclipsado, mas sempre redescoberto e revalorizado. Da sua fortuna crítica como literato fazem parte nomes como Antonio Candido, os irmãos Campos, Silviano Santiago, Décio Pignatari, Leyla Perrone-Moisés, Sebastião Uchoa Leite, Roberto Schwartz e Benedito Nunes, Leda Tenório da Motta, dentre outros. Todos esses reconhecem Oswald como um escritor simplesmente incontornável e também um importante forjador da cultura brasileira contempo- rânea, com produções poéticas, ficcionais, teatrais, jornalísticas e ensaísticas que continuam até hoje a inspirar gerações de criadores de diversas áreas e matrizes. Mas há um âmbito de sua produção, ao qual Oswald pareceu atribuir grande relevância, que, com raras exceções, permanece quase intocado pelos pósteros, a saber: a filosofia.
Na verdade, esse setor da obra de Oswald foi não apenas negligenciado por muitos dos intelectuais que se propuse-ram comentá-la, mas, ocasionalmente...

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