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Francisco de Assis: Diálogo, Hospitalidade e Ecologia
Adriano Cézar de Oliveira
Não é simplesmente um paradoxo, mas uma patente contradição aquilo que distingue a cultura de nosso tempo. Por isso, vivemos o retorno das polarizações que traz em seu bojo uma cultura marcada por atitudes multiformes de agressão e, ao mesmo tempo, manifestação patente da fragilidade que é uma das marcas da vida. Agressão e fragilidade se contrapõem porque uma é manifestação de poder e força; a outra, condição de não poder. Com uma atitude reflexiva diante desse estado de coisas, Adriano Cézar traz à luz uma força misteriosa – mas real – que é capaz de subverter o império do poder que agride e constrange a vida que é frágil. Essa força emerge justamente da consciência de que somos todos frágeis e, na fragilidade, somos todos irmãos. O autor, na presente obra, nos faz ver a fragilidade do ser humano e da terra; mostrando, ao mesmo tempo, a partir da vida de Francisco de Assis, que toda fragilidade pede nossa atitude de cuidado. O cuidado – que é outro nome para o amor – aparece aqui como valioso instrumento para a superação das agressões e como atitude mantenedora da vida. - Antonio Maciel
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