Filosofia e Saúde: mundo antigo e implicações contemporâneas - Vol. 2
Organizadores
Edvaldo Antonio de Melo
Cristiane Pieterzack
Desde os tempos antigos, sempre houve um profundo “entrelaçamento” entre a Medicina e a Filosofia. Isso é evidente em textos de muitos filósofos que ao longo dos séculos usaram metáforas médicas para expressarem suas meditações e em textos de medicina onde médicos conduziam reflexões filosóficas – últimas e radicais – a partir da condição física e psicológica de seus pacientes. Um entrelaçamento a ser mantido, pois, de fato, é incompleta uma abordagem que pretende estudar o corpo humano e atuar sobre ele sem olhar para o homem inteiro, inclusive para sua dimensão espiritual e axiológica como bem dizia Dom Luciano Mendes: “Não basta num corpo enfermo curar uma ferida apenas. São muitas as chagas. É preciso que nossa sociedade inteira encontre sua saúde axiológica – a reta ordenação dos valores – e consiga realizar as exigências da fraternidade, assegurando a todos as condições dignas de filhos de Deus”.