Matéria emergente do novo presente: aportes e essencialidades no paradigma (auto)biográfico

Os estudos (Auto)biográficos são aportes para construirmos o novo presente. Vive-se crises de variados matizes, nesse contexto muitos valores precisam ser revisitados, regenerados e re-vivenciados, aplicando-os a novas realidades que se impõem.
Em todos os campos da sociedade, mas, especificamente, no campo da educação de jovens e adultos as práticas (auto)biográficas têm vital importância porque elas permitem um melhor entendimento da pessoa, das suas emergências como humano e ser que vive em grupo social.
Enfatizando a centralidade do compartilhamento das experiências e as ações da vida de qualquer pessoa, o processo (auto)biográfico, além de criar um espaço histórico, propicia a reflexão de quem se narra, de quem ouve ou lê o narrado e, quando, narrada e escrita essa história pessoal ela fica registrada na memória coletiva, contribuindo desta maneira com a construção da própria cultura humana.
Entendemos que este recurso de compartilhar as experiências do vivido, por meio do registro das narrativas (auto)biográficas, pode ser considerado matéria emergente rica e objetivamente sólida, para regenerarmos o humanismo em tempos de crises.
Na perspectiva dos estudos desenvolvemos a construção do Sí mesmo como Outro, especificamente da Alteridade como uma das chaves para compreendermos esse empreendimento de construir e regenerar o humanismo, por vezes perdido, frente às instrumentalizações do existir da pessoa humana, pela (auto)biografia.
O atual livro aporta um texto, reflexivo, muitas vezes, propositivo, outras tantas, argumentativo em situações específicas da epistemologia (auto)biográfica que visa a contribuir para a construção de um novo presente, onde o humano possa ser mais relevante do que a tecnologia, os sistemas econômicos e a cultura massificante.